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Homem foi preso em flagrante em Jequié por crime de pornografia infantil

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terça-feira, 9 de julho de 2024

Morre o artista plástico Lula Martins


Acabo de receber do jornalista Wilson Midlej  a triste notícia do falecimento de Antonio Luiz Silva Martins, ator, escritor, poeta, pintor, escultor, diretor, cantor, artista plástico, fotógrafo, cineasta, documentarista, pesquisador  e compositor, para todos, apenas, Lula Martins, uma das figuras mais lendárias da contracultura no Brasil.

"Nascido em Itagi, em 1944, o garoto Antonio Luiz foi alfabetizado por sua mãe, daí seguiu para Ubatã e em seguida para Ipiaú, já que seu pai, o também poeta Hermes Martins, fora transferido para aquela cidade como comprador de cacau, representando o grupo Corrêa Ribeiro & Cia. 
Em Ipiaú, Lula completou o ginásio, participou de peças de teatro dirigidas por dona Delinha, mãe da professora Wanda Santiago e sogra do professor Tatai. A atividade cultural lhe marcou tão intensamente que passou a se interessar por literatura e teatro, acabando por influenciar a juventude da época. 
Lula Martins foi um dos mais importantes agitadores culturais de Ipiaú, dirigindo jograis, elaborando atividades com os colegas de ginásio, cometendo algumas “invenções” com circuitos elétricos e com peças de madeira. Lula, considerado uma espécie de gênio atemporal, começou a pintar quadros, fazer esculturas, compor músicas e textos interessantes.  
Na 1ª Expo de Ipiaú, a pedido de Euclides Neto, criou o célebre slogan para anunciar a concentração de gado de raça e novas tecnologias na agricultura, para a alegria do prefeito de Ipiaú:
“DA FORÇA DA TERRA, UM ENCONTRO DE RAÇA”
Neste recorte demonstramos a criatividade e sutileza do escritor que viria a ter mais de uma dezena de livros publicados: 
“Sobre a porta da entrada da casa de minha amada havia um corno pendurado. Lembrava costumes que vi quando em Itagi, Aiquara, cidades da minha infância, onde é comum encontrar nas estacas e sobre portas e porteiras dos currais estes cornos, que, segundo a crença, atuam como filtros contra mau olhado e energias negativas. 

Tio Pedro me contou e eu acredito, que um dia, um rebanho conduzido para o curral da sua fazenda mudou para sempre a sua vida. Uma vaca cujo nome não me lembro, ao passar pela cancela deparou e logo reconheceu, o corno de um certo boi que ela muito amava. Um mugido de dor assombrou aquele fim de tarde. A vaca paralizada diante do corno mugia a sua dor enquanto abundantes lágrimas corriam dos seus olhos. O vaqueiro se apressou em tocar o rebanho, mas, foi contido por tio Pedro penalizado com a cena e foi quando a vaca falou;
-Comeram o Campeiro! Miseráveis! Eu o amava! Era o meu marido e agora não passa de um corno enfeitando a porteira...” Trecho inserto no texto  “O CORNO” de 1966

Visitando outros textos publicados por Lula, encontrei a sua crítica sobre o desinteresse de autoridades na manutenção do Cine Eden da época. Vejamos:

“O Cine Éden foi a minha escola de cinema. Ali eu tive a oportunidade de assistir incontáveis filmes de todos os gêneros e qualidades. O saudoso amigo João Mota era o gerente proprietário, Dren pintava os cartazes, trabalhava ali também Pedro Hage, e Jovelito era o meu assistente. 

Anos depois da falência e encerramento do cinema, de passagem por Ipiaú, uma turma de cinéfilos e interessados pela cultura local, me procurou pedindo para falar com Hildebrando Rezende então prefeito da cidade, da importância do tombamento do Cine Éden. Hildebrando me disse que não poderia atender ao meu pedido, pois estava comprometido com a exigência da Secretaria de Cultura do Estado, cujo secretário era o poeta Capinan, na compra de um circo para eventos mambembes de conscientização política de esquerda. O agente do negócio que, quando me viu chegar à prefeitura para falar com Hildebrando, em minha frente, cheirou uma longa carreira de cocaína e me agrediu com palavras violentas. Eu contra argumentei que não o conhecia nem estava ali para falar com ele e sim com o prefeito. Disse para Hildebrando que o cinema fazia parte da tradição da cidade, e dos problemas que ele poderia ter, já que um circo requeria profissionais qualificados, tinha uma manutenção cara e que em menos de um ano o circo não existiria. Que tal?... Não durou seis meses. Dizem que a lona apodreceu e o palhaço levou o que restou do circo. O dinheiro que foi pro ralo da maracutaia esquerdista daria para tombar o Cine Teatro Éden.

Pois é... devo ficar por aqui. A imprensa brasileira publicou farto material durante a trajetória de Lula. Em tudo que fez, sempre foi manchete. Na música, “Rock Mary” ficou em primeiro lugar nas paradas durante muito tempo; como escultor, foi premiado na Bienal de São Paulo, o filme em que foi protagonista “Meteorango Kid, O Herói Intergalático”, foi um marco da contracultura do seu tempo. Sua estética ia além com as belas capas de LPs que fez para tantos artistas são verdadeiros documentos visuais da cultura de vanguarda produzida no país. Lula Martins era multimídia? Polimorfo, exilado de capela? Sei lá... mas era um ser extemporâneo. Como os beija flores de sua musica, pulava de cor em cor, de sabor em sabor, com pureza e profundidade. Lula era extremamente informado. Um leitor compulsivo e um repositório de conhecimentos gerais. 
Convivemos muito. Escrevemos juntos o roteiro do filme Anésia Cauaçu, que integrava o projeto “Caminhos do Sol”. O filme não saiu, por motivos exaustivamente relatados, publicados, chorados e lamentados... coisas de falta de engajamento... fazer o que? Acabou virando livro. Por exigência de Lula, desempenhei a difícil tarefa de transformar um roteiro de cinema em livro. O normal é o contrário...

Como disse o cineasta André Luiz Oliveira, na orelha do livro de Lula, MÁGICAS MENTIRAS, sobre a impressão que ele passava quando em sua época de convívio com o grupo em 1968: “(...) estávamos num momento de puro embevecimento com o seu discurso moderníssimo, de um cinismo revolucionário, absolutamente explosivo e encantador...” 

Lula era isso e se tornou ainda mais lúcido e maior, com o tempo.

Temos inúmeros episódios vividos e registrados na memória. Você acabou conquistando o espaço físico que queria, Pinduca. Lá na linha verde, perto de Massarandupió, começou com uma pousada, que poderia dar muito dinheiro. Se fosse essa a sua prioridade. Mas, um studio só seu, uma prancheta de desenho, cavalete de pintura, gravador, caixas de som, cenário exuberante montado pelas divinas deusas da arte. Você partiu usufruindo da paz que tanto procurava. Seus filhos, Alef, Teo, Guriatã e Naia, são testemunhas de tudo isso. Só não puderam ser testemunhas oculares dos elos de amizade que nutríamos por Lula. Às vezes, o quarto de hóspedes, eventualmente ocupado por Lula Martins ficava intacto já que amanhecíamos na varanda trançado no papo, com vinhos e chás, já que ele não suportava bebidas alcoólicas ou cigarros da indústria. Segundo ele, fumo... só unzinho de vez em quando.

Vamos sentir falta, Lula Pinduca. Que seu destino seja clarificado pela a luz divina", escreveu Wilson. 

Você pode conhecer um pouco deste artista jequieense, (falo jequieense, porque aqui foi onde o conheci). Neste link do Site Jequié Notícias. Ou ouvir suas composições aqui!

domingo, 27 de agosto de 2023

WILSON MIDLEJ: REMINISCÊNCIAS DE JEQUIÉ, DE ROBERTO MARTINS, SERÁ LANÇADO NO FELISQUIÉ

O festejado escritor e ativista político Roberto Martins, integrante da programação do evento literário “Felisquié”, fará o lançamento do seu livro de memórias na Cidade Sol.

Justamente na edição do movimento cultural que homenageia o também escritor e poeta, seu amigo, Wali Salomão que se entre nós ainda estivesse, comemoraria na data os seus 80 anos.

Roberto Martins saiu de Jequié para o Rio de Janeiro em 1963, tendo sido eleito vice-presidente da UBES – União Brasileira dos Estudantes Secundários (1963/64). De volta à Bahia em 1983, fixou residência em Eunápolis, continuando a desenvolver sua obra, depois do sucesso de publicações como “Liberdade para os Brasileiros (1978); “A Repressão e a Liberdade no Brasil–Cinco Séculos de Luta” (1984); “O Usurário” (1997), entre outros.

Em seu 9º livro, agora de memórias, Martins começa seu périplo de lançamentos justamente por Jequié, convidado que foi pelo Secretário Municipal de Cultura, Domingos Ailton para o evento que já faz parte do calendário cultural da Bahia.

Neste livro, o autor alinha algumas de suas experiências da juventude em Jequié, quando teve oportunidade de convivência além do poeta, compositor e agitador cultural Wali Salomão, também cultivava amizades como Salvador da Matta, Euclides Neto, com sua irmã, Lucia Martins, Wilson de Oliveira Novais, entre outros intelectuais da região, além de alguns críticos como o filólogo Antônio Houaiss, o historiador Hélio Silva, o presidente da ABI, Barbosa Lima Sobrinho, o escritor e advogado Euclides Neto e o professor, historiador, José Raimundo Fontes, que prefaciaram, criticaram ou comentaram as edições que compõem a sua obra.

São 26 capítulos em crônicas que falam de Recordações da infância; A Torta e a fuga; A praça e o cinema; Doidos de saudosa memória; O marquês de Monte Maggiori; Três mortes prematuras; as peripécias de Vavá Lomanto; Grupo de esquerda; Reorganizando o velho PCB; Quando saí de Jequié; Lembranças dos bordéis de minha vida... Tudo a ver com nossa geração.

Será, sem sombra de dúvidas um dia memorável a palestra seguida do momento de autógrafos de tão esperada obra. Seja bem-vindo, Biribano de Jequié.

segunda-feira, 26 de junho de 2023

BRASIL BRASILEIRO. Por Wilson Midlej

 

O Brasil, nesses novos tempos, está de pernas pra cima...

Assim como quarto de adolescente, tudo virado e remexido.

Apesar disso, pode-se achar entre a bagunça, uma frase bonita, um texto antigo, meio amassado, mas ainda atual e impactante.

No Brasil desarrumado, encontro uma aquarela de cores pálidas, do poeta Ary Barroso.

A poesia parece ingênua e pueril, mas é o retrato do Brasil.

“Brasil, meu Brasil brasileiro, meu mulato e zoneiro, vou cantar-te nos meus versos...

(...) Ô! Esse Brasil lindo e trigueiro é o meu Brasil brasileiro, terra de samba e pandeiro...”

Nesse inverno da nação, amanhece, um Brasil ensolarado, de um povo mal-acostumado, que está sendo atacado por alguns brasileiros perversos. A ambição pelo poder, a obsessão pela fortuna e a ânsia de viajar pelos sete mares, fazem com que não meçam esforços para esbandalhar nossa economia, nossa cultura e nossa vergonha. Deixam de lado o escrúpulo, trocam a nossa tradição por uma ideologia canhestra, num Brasil que a que se obstinam em dilapidar.

São portadores, todos eles, de uma nova praga, a doença da esquerdopatia, com seu líder agora abençoado por um papa que antes era pop, pastor, mediador... agora é ativista político. Virou um esquerdopapa.

Que saudades de ideólogos como Euclides Teixeira Neto, Fernando Santana, Ubirajara Britto, Oscar Niemeyer... nobres integrantes da esquerda brasileira, em defesa da cidadania, da Amazônia, da família, da decência e liberdade brasileiras. Convicções legítimas, homens integrais, proativos, produtivos... seus legados sobrevivem.

Pois é. Até a Bahia, berço de um Brasil mulato, de morenas dengosas e poetas brilhantes, tem o seu cenário riscado, manchado de concreto e feias construções, soluções de tráfego. A capital da Bahia também está virada ao avesso, fazendo-nos recordar Caymmi, com a melancolia dos tempos em que cantava:

“Bahia, terra da felicidade... Morena, eu ando louco de saudades...”

Saudades de que? Do feijão de Baia em plena rua do Tira Chapéu, do leite-de-camelo de dona Apolinária no Porto da Barra? Daquela morena do andar gingado, do meia três? Salvador, não é mais Bahia. A Baía já está sendo invadida: dizem que agora a ponta dos Garcez é dos chineses.... Onde já se viu?

Felizmente ainda nos restam o Humaitá e os poetas...

Waltinho Queiroz, talentoso, sensível, outro poeta brilhante, esquerdista decente, que nos acende a esperança, compondo, num tempo qualquer, o jingle homenageando o seu país e que fala do orgulho de ser brasileiro:

“Começo louvando o seu hino... que a gente ama desde menino e canta com um nó na garganta...

Fé, coragem e união, três raças e um só coração, de um povo chamado Brasil.

(...) A nossa bandeira no céu (lá no céu), o mundo tirando o chapéu, porque o nosso nome é Brasil.

Vou cantar pro mundo inteiro, que tenho orgulho de ser brasileiro...’

E assim, sob a verve dos poetas, com a expectativa dos otimistas, conclamo os brasileiros de todos os matizes para uma reflexão profunda sobre o que podemos fazer pelo nosso país, como podemos contribuir para o restabelecimento da ordem e do progresso diante dessa tragédia anunciada e prestes a se consolidar.

Se tiverem uma sugestão, compartilhem comigo.

Axé, Brasil.

*Wilson Midlej é jornalista

sábado, 13 de maio de 2023

ZÉ RIBEIRO: 90 ANOS DE SUCESSO

Na foto da esquerda para a direita, Wilson Midlej e Zé Ribeiro em um encontro na
 capital do estado da Bahia


O empresário da comunicação José Lima Ribeiro, desquitado, quatro filhos, proprietário da revista Jornal de Salvador, e do jornal Senhor Repórter, comemorou 90 anos de vida no último dia 29 de abril. Muitas mensagens de felicitação lhes foram direcionados na data natalícia. O jornalista Wilson Midlej, editor do Jornal de Salvador, ressalta que a trajetória de Zé Ribeiro é longa e gloriosa. Ele conta que o empresário viveu no mundo artístico, fundou boates famosas, agenciou shows de Roberto Carlos e outros astros da MPB, investiu em inúmeros empreendimentos, gravou discos, foi vencedor do concurso de novos cantores, “A voz de Ouro ABC” que fazia muito sucesso na época.

Filho de Alírio Ribeiro e dona Aurelina Lima Ribeiro, sobrinho de Lotavino Ribeiro que fez parte da primeira Câmara de Vereadores de Ipiaú, Zé Ribeiro nasceu nesta cidade, em 1933, ano da emancipação política do município, mas foi registrado em Salvador. Juntamente com seus pais e familiares abriu em Jequié um loteamento que deu origem ao bairro do Mandacaru. Na “Cidade Sol”, ele montou a mais expressiva loja de moda masculina da região. Em Ipiaú convivia muito com seus primos Paulo, Fernando e Dilson, então proprietários do histórico Armarinho Violeta. Em Salvador instalou a mais completa e bem frequentada boate da Bahia. A Boate Chapagne ficava na ala interna do Salvador Praia Hotel e todos os sábados tinha uma atração nacional e até internacional. No Rio de Janeiro integrou-se ao meio artístico e fez sucesso junto a celebridades.

AMIGO DO REI

Na condição de empresário e produtor musical, Zé Ribeiro promoveu muitos shows com Roberto Carlos pelo Nordeste. O rei ficava hospedado na sua casa no Morro Ipiranga na Barra, onde tinha uma linda vista da entrada da Baía de Todos os Santos. Zé também foi responsável pela única apresentação de Roberto Carlos em Jequié. Muitos dos shows de outros astros da Jovem Guarda, nos estados nordestinos aconteceram por iniciativa dele. Amigo do empresário e ex-prefeito de Ipiaú, José Mendonça, o Zé Ribeiro é sinônimo de romantismo, dinamismo e longevidade. Tá na reta do centenário.


domingo, 14 de agosto de 2022

Wilson Midlej: DO CACAU AO CHOCOLATE

 

Neste domingo fui convidado para uma visita à Fazenda Pedra Minante, do Engrº Agrº Renildo Peixoto, localizada na lendária região da Palmeirinha, e remanescente da portentosa fazenda do mesmo nome, então com cerca de 400 hectares, pertencente ao seu pai, Felinto Peixoto, que por sua vez herdou do seu genitor, Antonio Francisco de Andrade Peixoto, perfazendo, a cadeia sucessória. O período de cultivo do fruto dos deuses, na propriedade da família já passa de 100 anos.

A vida segue com Ana Milena e Adriana, suas filhas, que, embora profissionais pós-graduadas na área de saúde, já começam a produzir chocolate fino. Elas bem fazem ideia do tempo de dedicação e pesquisa que o seu pai, o técnico de referência na região, Renildo Peixoto, disponibilizou com o amanho da terra e a rigorosa seleção de sementes. Aliado a isso, a partir de estudos aprofundados e observação constante, Renildo obteve sucesso na elaboração de clones adequados.

Renildo Peixoto e sua família, fazem parte do seleto e entusiasmado grupo de cacauicultores integrado pelo médico Valney Pestana, o agrônomo Edward Oliveira, o Veterinário Espartaco Teixeira, a odontóloga Licia Maria Santos, o agricultor Sergio Gondim, entre muitos outros, já que adotaram a agregação de valor ao cacau produzido, comercializando não apenas os grãos por arrouba, mas, também o produto apurado como chocolate gourmet e outros ítens originários da amêndoa do cacau.

Diante do novo cenário de possibilidades do cacau, de há muito preconizado por Renildo, o fruto volta ao protagonismo que vai do sistema de produção com alta produtividade, bem como o cacau de alta qualidade, até o chocolate fino. Na região, se houver um apoio efetivo dos governantes, um novo marco se estabelecerá como matriz econômica do sul da Bahia.

Na agradável visita, em pleno mês de agosto, já no final da safra temporã, Renildo nos mostrou a impressionante carga dos frutos contidos nos cacaueiros, prontos para a colheita. Na hora do cafezinho, Renildo relatou a sua experiência com o tempo de maturação dos frutos, conseguindo, em cerca de 15 anos, a produtividade idealizada pela maioria dos produtores de cacau que utilizam as modernas técnicas e metodologias, atingindo a marca de cerca de 200 arroubas por hectare.

O conhecimento adquirido pelo agrônomo da Palmeirinha, na verdade, aperfeiçoamento, já que nasceu na propriedade e cresceu junto aos cacauais centenários, e compartilhado com quem o procura, desde que vá à sua roça observar os resultados obtidos.

A nova realidade da comercialização do cacau da Bahia, envolve não apenas a tradicional venda das amêndoas por arroubas aos armazéns, mas, também, a possibilidade de ampliar novos horizontes mercadológicos, a partir do chamado cacau fino, ou superior, para produção de chocolates próprios "tree-to-bar" ou o cacau vendido às indústrias, para produzir o chocolate "bean-to-bar" que é o processo que se caracteriza pela manipulação artesanal e pelo uso de matéria-prima pura e de extrema qualidade, para atender aos fabricantes do Brasil e do exterior.

E viva o chocolate Palmeirinha!!

 

sexta-feira, 22 de julho de 2022

WILSON MIDLEJ: MORRE O CIENTISTA E EX-MINISTRO UBIRAJARA BRITO

Recebi, através prof. João Cláudio Eloi Britto, a notícia do falecimento na madrugada desta quarta-feira (20), do nosso querido amigo em comum, o Engenheiro Civil, Físico, Professor, cientista e pesquisador Ubirajara Brito, aos 88 anos, no hospital SAMUR em Vitória da Conquista.

Homem afável, extremamente educado e elegante, grande agregador de companheiros nas célebres feijoadas das sextas feiras em seu apartamento, andar inteiro no Edifício Capitulino Teles, onde morava com sua governanta e seu motorista. Ali, em companhia de seus livros e com seu indefectível caderno de anotações, ele punha em dia sua correspondência, ajustava sua agenda, atendia as constantes ligações de seu inseparável amigo Oscar Niemeyer, enquanto este viveu, marcava uma discussão com alguém ou entrevista nos órgãos de comunicação sobre um assunto qualquer e me honrava com o convite, em companhia de figuras ilustres como José Pedral, Profª Selma Oliveira, Herzem Gusmão, Jussara Midlej, Edgard Larry, Esmeraldino Correia, Claudionor Dutra... destacando-nos para o convívio com a mais pura seleção de pensadores, intelectuais e políticos daqueles momentos na cidade, sempre visando o desenvolvimento regional.



Além de Reitor Honorário da Fainor, Instituição que deu seu nome à Biblioteca, Ubirajara Brito ocupou diversos cargos ligados à educação, ciência e tecnologia no governo do ex-presidente José Sarney, tendo assumido, inclusive, o cargo de Ministro de Estado da Educação, em substituição ao titular Carlos Sant’anna.

O professor baiano ainda foi membro do Comitê de Ciência e Tecnologia da Organização dos Estados Americanos (OEA) e

quinta-feira, 3 de março de 2022

WILSON MIDLEJ/DE BIBLIOTECAS: ALEGRIAS E TRISTEZAS SE ENTRELAÇAM

FOTO: ARQUIVO 

Retornei às instalações da faculdade de direito da UniFTC em Jequié, a fim de cumprir o penúltimo semestre do curso. Entre as surpresas agradáveis, como o retorno do professor Byron Teixeira, o reencontro com os professores Antonio Henrique Almeida, além de Miguel Bonfim, todos participando de orientações no Núcleo de Prática Jurídica. Nos reencontros fui contaminado pelo entusiasmo da carismática e eficaz diretora, Milena Bahiense que, com as gentilezas costumeiras, cumprimentava a todos com sorrisos de boas-vindas. Perguntei se havia algum motivo, especial, para justificar o intenso brilho dos seus olhos e a contagiante alegria. Como resposta, conduziu-nos, silenciosamente, a uma nova ala da faculdade, onde foi construída a sala do júri, e, orgulhosamente, apresentou-nos seu novo espaço: a biblioteca. Alguém lhe perguntou o que, afinal significava, hoje, uma biblioteca, diante de tantas inovações tecnológicas, com a providencial divisão racional dos acervos físico e digital. Sem maiores explicações, levou-nos aos guichês de leitura, aos espaços de trabalhos coletivos, tudo muito confortável e operacional. Do aparato tecnológico ressaltou os fones de ouvidos, os autofones em profusão. Tudo palpável e com a eloquência de um discurso...


Como a biblioteca é lugar de gente, de gente aprendiz, de gente curiosa, e, como gente faz barulho, os equipamentos, de última geração, garantem, além de tudo, a importância do silêncio para a produção do conhecimento. É sabido o quanto a leitura possibilita encontros valiosos do leitor com os autores, sejam em obras físicas ou digitais. Ressaltem-se, assim, as bibliotecas como verdadeiros centros de promoção cultural e pilares educacionais da sociedade, como locais que oferecem aos leitores possibilidades de formar e ampliar pensamentos críticos e saberes miltifacetados.


Aproveito para destacar e aplaudir a visão do professor, então prefeito, Reinaldo Pinheiro, ao tomar a iniciativa de implantação em sua gestão, de uma nova e repaginada biblioteca, com orientação técnica da Fundação Pedro Calmon, ao adquirir um prédio emblemático na avenida central de Jequié. 


Retomo o tema  para destacar que a sensibilidade da professora Milena ganha ainda mais valor ao apresentar-nos o novo espaço cultural. Parece conter um recado primoroso: as bibliotecas, principalmente as de fácil acesso, em locais estratégicos de uma cidade, precisam ser preservadas e ampliadas, afinal a inteligência e a produção sensível de saberes são moedas de maior relevância nesses e noutros tempos: seu valor é impalpável porque é subjacente o seu papel social. Daí nasce uma das principais funções de uma biblioteca: ela é um instrumento de ascensão do espírito em constante evolução.


Alguém já comparou uma biblioteca a um amplo aeroporto, onde através de possantes bólidos, que são os livros, o usuário pode fazer longas viagens, conhecer as preciosas fontes de conhecimento em qualquer lugar do mundo. Mais antigas do que os próprios livros, quando os papiros eram arquivados em potes de argila, estas nasceram como lugares misteriosos, exclusivos a uma parcela bem pequena da população. Com o tempo, esses espaços foram se democratizando, dada a sua importância para os seres humanos em processo de aperfeiçoamento.


Assim, ressalte-se a relevância dos gestores de instituições ou municípios elegerem como prioridade esforços para instalação, ampliação e preservação de, ao menos uma biblioteca central a funcionar como verdadeiro vetor de desenvolvimento humano. 


Em Jequié, paira, na sociedade, um estranhamento generalizado com o recém ocorrido à Biblioteca Dr. Newton Pinto de Araújo: os líderes municipais, ao invés de reformá-la e expandir suas possibilidades de uso com a aquisição de variados equipamentos, preferiram a especulação imobiliária, desqualificando sua função precípua de estimular a formação de leitores, a pesquisa, a produção de renovados conhecimentos. Diante desse fato deplorável, a louvação pelo entusiasmo da professora Milena Bahiense: a biblioteca, de cunho particular, ao menos abranda a tristeza que ora acomete o jequieense que chora pela perda do precioso monumento cultural, a ferir o coração da cidade.

domingo, 23 de janeiro de 2022

Wilson Midlej: COVID-19, ÔNICROM? ROSEVID-22 NELES

Sempre achei que a lógica e o bom senso, a curtíssimo prazo, são mais confiáveis do que os extensos relatórios científicos, na maioria das vezes embasados no experimento e na classificação de resultados, mas muitas vezes, incapazes de convencer os pensadores mais pragmáticos e, por isso mesmo, céticos.

De todo modo, nesse tempo de agora, tive dificuldades de absorver como verdade absoluta, a eficácia de vacinas elaboradas sem a devida maturação, experimentação e avaliação dos resultados.  Ainda mais quando se trata de um antídoto para um vírus de dita manipulação “customizada” em laboratório. É fato que produtores multinacionais se negam a oferecer garantias de resultados ou sequer atestados de conhecimento dos efeitos colaterais, danosos à vida humana.

Tais evidências ainda recebem o agravante de determinações governamentais quanto à obrigatoriedade da inoculação de tais drogas nos organismos das pessoas.

Ainda assim, cedi aos argumentos de familiares e acabei me submetendo às duas doses de uma das vacinas disponibilizada pelo governo estadual. Não obstante a obediência às recomendações sanitárias do meu estado, acabei contraindo o Coronavírus – o famigerado Covid-19.

Aceitei a inusitada situação, o providencial tratamento precoce, preparando-me para o necessário isolamento social, a fim de evitar a propagação do vírus, ao tempo em que intensifiquei exames e procedimentos mesmo antes da manifestação dos sintomas. 

Aproveitei para ler um livro e assistir ao filme que se tornou a obra “Cidadão Kane”, de 1941, lido lá atrás, nos idos de 1967, e o mistério que envolve a última palavra do personagem de Orson Welles ao morrer: Rosebud. 

Pois bem! Assistido por uma equipe médica capixaba, obstinada em salvar vidas, empenhada em orientar os protocolos de tratamento, via online, nos quais se incluíram e se destacaram a atenção e os cuidados  da coordenadora Rosiane Sena, a doutora Rose, que durante 15 dias consecutivos, gravou recomendações, análises, segurança, competência e esperança. Na supervisão diária, solicitava e obtinha resultados de exames, níveis de saturações pulmonares, aferições de pressões arteriais, temperaturas. Do estado do Espírito Santo chegavam ações de prevenção de tromboses, reforços dos sistemas imunológicos, posição de dormir, recomendações de atividades físicas moderadas.... Enfim, comandou, a distância, uma verdadeira parafernália de cuidados e prevenções, a ponto de o tempo ter passado, sem que houvesse agravamento dos quadros, apesar de tratarem-se de pacientes idosos. Sem mistérios, ou últimas palavras, passei a chama-la, muito apropriadamente de “Rosevid-22”, a guerreira.

Mesmo longe da Bahia, das suas práticas, da sua cultura, a dedicada médica deu um show de solidariedade e lucidez, como se fosse uma mestra baiana, numa roda de capoeira, aplicando “ rabo-de-arraia”, “armada”, “banda-de-costa” e “aú-de-rolê”... botando o vírus para fora da roda, cabisbaixo e humilhado.

A doutora Rose nem imagina o que representa a analogia, ou o que seja a têmpera e a serenidade de um mestre de capoeira, ao enfrentar o adversário com equilíbrio e respeito, por saber exatamente do que ambos são capazes. Alô mestre Xaréu, Gildo Alfinete, Itapoan... 

Considerados recuperados, rendemos nossas homenagens a esse anjo capixaba que não poupou esforços para o cumprimento do seu desiderato em benefício ao próximo. Ao me referir à Rose e seus colegas de equipe, estendo, em nível local, os nossos mais especiais agradecimentos ao doutor Elias D’Ávila e suas silenciosas, eficazes e pontuais intervenções, acompanhamento e, sobretudo, amizade fidelíssima. Como dizia, estendemos tais agradecimentos aos amigos que enviaram, diariamente, suas melhores e mais amoráveis energias, dotando nosso ambiente familiar de força, fé e esperança na vitória sobre o temido e obscuro adversário, de natureza ainda hoje desconhecida e com transformações, mutações inusitadas, que alteram todas as previsões dos resultados em curso.

 Como não devo relacionar ou personificar os inúmeros benfeitores, pelo risco de omissão, nomeio e constituo como bastante procurador deste universo de amigos solidários, o mestre batuqueiro Bené Sena, pelas saudações diárias, pelas palavras de incentivo, pelas melodias geniais de músicas como “Amazônia”, de ideologia equivocada sob minha ótica, mas de beleza indiscutível. Muito obrigado, seo Bena. Beijos em Maurílio e Míriam.

De resto, confirmei a descoberta de que a palavra Rosebud pronunciada por Charlie Forster Kane, significa, no português literal “Botão de Rosa”. 

Descobri, também, que Rosevid-22 denomina todos aqueles que, independentemente do carinho dedicado à família, estão determinados a minorar o sofrimento dos seus semelhantes tratando com ciência, bom senso e amor, a todos que atravessarem o seu caminho necessitando de ajuda. Assim, para mim, a doutora Rosiane Sena, ou simplesmente Rose, simboliza a vida cuidada, celebrada, seja na Bahia, no Pará ou em seu estado natal, Rose é luz. Rosevida. Deus seja louvado!

Vou pegar meu boné. Vamos à praia!

domingo, 31 de outubro de 2021

Wilson Midlej: REENCONTROS DE AMIGOS CINQUENTA E TANTOS ANOS DEPOIS

Na foto da esquerda para a direita: Zé Américo Castro, Wilson Midlej, Nego Saló e Edinho Thiara



Por Wilson Midlej

Quem de nós, amigos nos idos de 1963/64, poderia imaginar um reencontro prazeroso em plena pandemia de 2020, numa casinha qualquer do “Bairro Novo” na querida Ipiaú?

Pois é, estive com o garoto Zé Américo, hoje sexagenário jornalista, poeta e escritor; o nego Saló, hoje Doutor Salomão Matheus, amigo de fino trato, engenheiro agrônomo e fazendeiro, bem como o famoso Edinho – segundo o cronista Zé Américo, o Sultão do Guloso - herdeiro, do não menos famoso pecuarista/cacauicultor, Zé Thiara.

Tudo isso a contar com a companhia do sempre harmonioso e leve, Arthur “Show-Business” Pires, que o seu imenso universo de admiradores insiste em chamar de “Artur Produções”, talvez pela recorrente assinatura nos cartazes anunciando shows de artistas famosos por quatro décadas, em toda a região. Na verdade, Arthur não era nem nascido nos anos sessenta... Mas estava lá conosco, fotografando, se emocionando e sorrindo junto, naquele reencontro onde as mesmas gargalhadas do passado, agora ao relembrar casos fortuitos, enchiam a rua com a nossa contagiante alegria.

Edinho Thiara é uma figura folclórica. Aos 30 anos herdou, juntamente com a mãe e mais dois irmãos, a fabulosa fortuna do patriarca libanês que chegou ao Brasil aos 18 anos de idade, aportou em Jequié e, desde o primeiro tostão... trabalhando e poupando, sempre, tornou-se um dos homens mais ricos da região. Dizia-se que em seu baú feito de jacarandá da Bahia, depositava as escrituras das mais de 50 propriedades rurais entre fazendas de cacau e de pecuária.

Considerado um playboy, no conceito da época, Edinho Thiara, que estudava na Suíça, não conseguiu renovar o visto de estudante e precisou retornar pra Bahia. Dizem que foi por causa do comportamento...

Em Ipiaú, o menino rico deslumbrou-se com a nova condição e passou a viver intensamente cada momento. Nascido em berço de ouro, não teve educação para ser rico. O seu convívio com a fortuna sempre foi conflituoso. Nas farras com os amigos, contava histórias e era sempre o protagonista de atos heroicos e de extrema valentia. Até hoje cultiva essa fantasia, baseada em efêmeros e ultrapassados valores. Na verdade, Edinho sempre foi afetuoso, generoso e sensível. Talvez tenha lhe faltado a oportunidade de sair com o seu pai, de mãos dadas, para chupar rolete de cana no Estádio Pedro Caetano, como faziam os outros garotos...

Zé Thiara, muito ocupado em construir para os filhos um futuro de riqueza e conforto, esqueceu-se de passear com Edinho. Uma pena.

Com a filha querida, Soninha, foi diferente: entre atenções e mesuras, ela tinha o domínio sobre ele nos fins de semana do casarão do Rio Vermelho, e pôs-se a se aculturar e hoje é advogada. Felizmente Edinho contava com o carinho e cumplicidade da mãe, dona Benzinha, a quem ele chamava de minha "Doris Day”.

Nos encontramos na tarde desta terça feira.

Pelo inusitado do evento, faltaram muitos. Nestor Linhares, Aldo, Zé Nilton Castro, Humberto Cabeleira, Cara-de-Cavalo, Paulo Pila, Mario Duarte... entre muitos.

Mas, entre os que se encontraram, constatou-se: estava tudo igual, não fosse por alguns desgastes orgânicos: uns, meio moucos, outros precisando submeter-se a cirurgia de cataratas, alguns diabéticos, hipertensos, empenados, mas, todos vivos e alegres, com a memória ativa e fina, o olhar de paisagem e o sorriso nos lábios, como sempre fora na Ipiaú de todos os tempos.





domingo, 24 de outubro de 2021

IPIAÚ: ERLÂNDIA SOUZA SANTOS É A NOVA SECRETÁRIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO E MARCELO BATISTA ORGANIZA O ANIVERSÁRIO DA CIDADE.


A nova secretária de Educação de Ipiaú é a talentosa e agregadora Erlândia Souza Santos. Natural de Ipiaú, graduada em Letras e em Administração, pós-graduada em Políticas Públicas da Educação Básica, atualmente graduanda em Pedagogia, Erlândia atuou e conquistou inúmeros amigos durante sua estada por 4 anos como Coordenadora Regional de Atendimento à Rede Escolar do NTE 22, Jequié.

“(...) É, deveras, uma grande e agradável surpresa recebê-los no meu primeiro dia de atuação como integrante da equipe da prefeita Maria das Graças. Estou muito comprometida com o desafio de fazer com que a educação continue a ser o importante instrumento de crescimento e progresso. Costumo repetir que ao olhar pra trás, vejo a minha trajetória de sacrifícios e vitórias, a minha origem humilde e a força do meu empenho e dedicação aos estudos, me conduziram até aqui. A educação transformou a minha vida e lutarei para transformar a vida das crianças e adolescentes de Ipiaú, minha terra querida”, Acentuou, emocionada, a Secretária de Educação.
"Fomos recebidos pela Secretária, que por uns instantes apenas, tendo em vista a sua agenda repleta de compromissos, mas tempo suficiente para uma foto e uma rápida declaração para a posteridade", disse Wilson Midlej.

 
Marcelo Batista

Ainda empolgado com a inclusão do lançamento do clip “Estrada do Sonho, Caminho da Vida”, com letra de minha autoria, música de Edson Levi, fotografia de Nelma Cerqueira, com imagens e Edição de Zenilton Meira, a produção está inserida nas atividades comemorativas do aniversário de Ipiaú, que no próximo dia 2 de dezembro completará 88 anos de sua Emancipação Política.

Acompanhadodo jornalista Zé Américo Castro e do Engenheiro Agrônomo Salomão Matheus, mantivemos contato com o Diretor Municipal de Cultura, Marcelo Batista, bastante conhecido nos meios culturais por ter integrado a equipe do Campus XXI da UNEB, no emblemático prédio do Colégio Rio Novo.

Marcelo desenvolve um profícuo trabalho à frente do órgão, e agora em parceria com o Projeto Aldir Blanc, oportuniza atividade econômica para grande número de artistas e agentes culturais em geral. Dinâmico e proativo, Marcelo atua, ainda hoje, no Colegiado de Administração da Universidade Estadual.

Tomamos conhecimento do que já está sendo efetivado da programação e depois de responder aos questionamentos necessários à organização do evento, cujos detalhes serão mantidos em reserva em razão do ineditismo do feito, fomos informados dos impedimentos legais envolvendo patrocínios e outros gastos, naturais na tradição do evento, o que não altera, em absoluto, a realização de um encontro bonito e discreto, ressaltando a homenagem que a peça cultural se propõe fazer à Ipiaú. Assim, tencionamos utilizar as redes sociais para convidar os ipiauenses de todos os lugares para reviver momentos de emoção da Ipiaú de todos os tempos.



terça-feira, 13 de agosto de 2019

Roberto Pina defende a independência da velha política para Jequié desenvolver



O ex-vereador e pré-candidato a prefeito de Jequié nas próximas eleições de 2020 Roberto Pina, esteve no programa web Sem Limites do Blog Jequié Repórter, nesta terça-feira 13.ago.2019.
Sabatinado pelos jornalistas Wilson Midlej e Wilson Novaes assegurou que Jequié precisa ser independente da velha política. "Eu nunca fui liderado por político nenhum, sempre fui independente nos meus posicionamentos políticos", disse.
Segundo o pré-candidato Roberto Pina, a população está acima de qualquer desejo do político, ninguém aguenta mais conchavos políticos e em Jequié todo gestor esta atrelado a grupos ligados da velha política. Assista vídeo na integra!




sábado, 20 de abril de 2019

Repercute em Jequié a entrevista concedida por Roberto Pina ao Programa Semana em Revista da 93 FM





O pré candidato a prefeito de Jequié em 2020 Roberto Pina aumentou a audiência do Programa Semana em Revista apresentado pelo jornalista e deputado estadual Euclides Fernandes, neste sábado 20.abr.2019. Foram mais de uma hora de entrevista, tempo suficiente para  Roberto Pina explanar para os ouvintes da emissora seu desejo de esta dirigindo os destino de Jequié a partir de 2020. “Conheço Jequié e seus problemas, sei como resolvê-los, tenho um projeto de governo diferente dos últimos gestores. Minhas propostas  é para alavancar a economia, melhorando significativamente todos os setores sócio econômicos do nosso povo”, disse.
“Estou saindo na frente para dá tempo mostrar as minhas propostas governamentais. Jequié está cansada de eleger candidatos apoiado por grupos políticos. Precisamos de um gestor com autonomia e vontade de governar”. Estas palavras foram ditas  por Roberto Pina que foi ex-vereador  por dois mandatos consecutivos e sabe aonde estão  as mazelas administrativas de Jequié.
Pina falou que não quer apoio de deputados, no seu partido não terá candidatos a vereador com mandatos. “Deputados terão nosso apoio se for honesto para o pleito em 2022. Já mais seremos reféns de nenhum tipo de acordo político”, assegurou.
O pré candidato foi sabatinado pelo apresentador do Semana em Revista Joilson Sampaio (Joca), Euclides Fernandes e Wilson Midlej. O político esteve acompanhado de sua filha Alice Pina.

sexta-feira, 20 de fevereiro de 2015

NOVO LIVRO DE WILSON MIDLEJ

Tal como acontece nos sete romances que compõem a obra de Marcel Proust “Em busca do tempo perdido” o livro do jornalista Wilson Midlej, com prefácio de Joel Pinheiro, que será lançado em março próximo, em primeira mão, na cidade de Ipiaú, demonstra que não convém enxergá-lo como uma autobiografia ou um livro de memórias, mas uma narrativa ficcional que gira pelo universo de vivências do autor.
O conteúdo de “Gatilhos de lembranças: a eternidade do tempo” tem a característica de retomadas de elos da vida do autor com fatos e cenários de determinada época, em locais que foram palcos de suas experiências. Essas vivências acabam transformando autor e personagens em protagonistas, o que resulta numa fusão de realidade e ficção em contos ambientados em algumas regiões brasileiras, com ênfase para Salvador, Ipiaú e Jequié.
O autor lança mão de personagens misturando-os com figuras reais, tornando os episódios relevantes a ponto de minimizar a importância dos nomes dados a este ou aquele integrante da trama urdida e muito próxima da realidade factual.
Passear pela nova obra de Wilson Midlej e saborear a linguagem e os costumes inegavelmente absorvidos da literatura de Graciliano Ramos e Euclides Neto transforma-se numa viagem interessante. O lançamento está previsto para o mês de março.


segunda-feira, 24 de fevereiro de 2014

CRÔNICAS DA BAHIA - Sob o sol de Jequié



O companheiro  jornalista Wilson Midlej  lançará  seu  primeiro livro Crônicas da Bahia - Sob o Sol de Jequié. Ele que  é  editor do Blog  Revista Bahia em Foco. O lançamento será nesta  quarta-feira (26/02), às 19:00, na Biblioteca Central Nilton Pinto de Araújo. 

segunda-feira, 14 de janeiro de 2013

ANUNCIADA A INSTALAÇÃO DO INSTITUTO PENSAR JEQUIÉ

 A transcendência às questões partidárias e a reafirmação do bem comum como focos principais, tonalizaram as falas dos vários oradores que se sucederam na noite desta sexta (11), no auditório da Associação Comercial e Industrial, na instalação do Instituto Pensar Jequié. “Trata-se de uma iniciativa muito importante que, por sua natureza, já é uma benção. É pelo pensamento, pelas boas e edificantes ideias que os homens e mulheres inteligentes servem à sociedade” afirmou Dom José Ruy C. Lopes, bispo diocesano de Jequié, ele próprio um dos pensadores convidados, ao abençoar o encontro. Trinta e um dos quarenta e três membros, homens e mulheres, precursores do embrionário Instituto, compareceram ao encontro para discutir os objetivos e o formato jurídico da instituição: são intelectuais, médicos, jornalistas, professores, profissionais liberais, artistas, comerciantes e industriais; alguns destes, desde julho do ano passado, vêm pensando em deflagrar o movimento para a formação do grupo. O grupo nasce, portanto desvinculado de partidos políticos ou agremiações de classes, com o objetivo precípuo de Pensar Jequié!

quarta-feira, 21 de março de 2012

Jequié: Relançamento do novo projeto da Revista Bahia em Foco

O relançamento do novo projeto da Revista Bahia em Foco, foi realizado na noite de segunda-feira (19), no Havana Restaurant Music, que recebeu  grande número de convidados por parte da direção do veículo de imprensa. A solenidade   teve como mestre de cerimônias o radialista Edher Ramos,  sendo aberta com a exibição de  “Meu Amor Por Jequié”, letra de Wilson Novaes Júnior, com música e interpretação do cantor e compositor Del Feliz; apresentação digital da edição de relançamento da revista e explanação do editor, jornalista Wilson Midlej, acerca do projeto original, a nova proposta e as parcerias firmadas. Também  usaram a palavra a professora universitária, Jussara Midlej, sobre a plasticidade do cérebro; enquanto o presidente do PMDB municipal Alan Biondi, o vice-prefeito Eduardo Lopes e o ex-prefeito e professor Reinaldo Pinheiro, deram as boas vindas ao empreendimento editorial; o publicitário Léo Novaes, discorreu sobre a importância do  veículo impresso no contexto da comunicação.  Midlej agradeceu o incentivo dos colaboradores, anunciantes e parceiros, em especial aos proprietários do Havana, Hassan Yossef e Clóvis Magno, pelo apoio logístico para a realização da cerimônia. O grupo musical Arguidá – Bené Sena, na bateria, Ronaldo Lima, guitarra, David, no baixo e Maurílio Sena, nos teclados,  fez uma apresentação especial, contando ainda com a interpretação de músicas pelo cartunista Carlos Éden e um tributo a Luiz Gonzaga, pelo médico Lourival Eça Gomes, jequieense radicado em Jaguaquara, estudioso e intérprete da obra do cantor e compositor Luiz Gonzaga. Texto: Jequié Repórter.

sábado, 3 de setembro de 2011

Waly Dias Salomão nasceu em Jequié, em 3 de setembro de 1943

Por Wilson Midlej


Foto: Zenilton Meira DRT/BA 1.562


Estimulado por Bené Sena registro mais uma vez o perfil do poeta e pensador, Waly Salomão, também ator, letrista, produtor cultural e diretor artístico. Enquanto Bené rende suas homenagens ao conterrâneo, todos os domingos com o seu “Armarinho de Miudezas” na 104.9 FM de Jequié, daqui registro algumas das suas inúmeras atividades, no dia do aniversário do filho de Dona Bete.

Waly Dias Salomão nasceu em Jequié, em 3 de setembro de 1943 e faleceu no Rio de Janeiro, 5 de maio de 2003.  O poeta, filho de sírio com uma sertaneja, atuou em diversas áreas da cultura brasileira. Seu primeiro livro de poemas foi lançado em 1971, “Me Segura que Eu Vou Dar um Troço”, com textos escritos na prisão, paginados e diagramados pelo artista plástico Hélio Oiticica, seu amigo e sobre quem escreveu a biografia “Qual É o Parangolé”. Depois de lançar Armarinho de Miudezas ganhou em 1997, o Prêmio Jabuti de Literatura com o livro de poesia Algaravias. Seu último livro foi Pescados Vivos, publicado em 2004, após sua morte.

segunda-feira, 5 de julho de 2010

Jequié: Euclides Fernandes recepciona coordenador de José Serra na Bahia


O deputado estadual Euclides Fernandes (PDT), acompanhado de membros da direção municipal do PSDB, Edelvito Souza (presidente) e Humberto Pereira (tesoureiro). Jutahy Júnior Coordenador na Bahia da campanha do presidenciável José Serra, visitou a Associação Jequieense de Imprensa-AJI, onde foi recebido pelo vice-presidente da entidade, jornalista Wellington Nery e o ex-presidente Wilson Midlej, oportunidade em que revelou sua confiança na vitória do candidato José Serra, na disputa presidencial e também do ex-governador Paulo Souto, na sucessão estadual. Traçou um panorama sobre o processo político atual em nível nacional e estadual e disse do seu compromisso em fortalecer a representação do PSDB em Jequié.

segunda-feira, 10 de maio de 2010

Assessor de comunicação da Câmara fala sobre "onda de noticias"

O assessor de comunicação da Câmara de Vereadores de Jequié Wilson Midlej noticia em seu Blog "Onda de noticias". Segue matéria na íntegra.


"Essa expressão, muito utilizada pelo meu saudoso amigo Moisés Oliveira, reflete o tumulto provocado por uma onda de noticias dando conta de que estaria em mãos de policiais um mandado de prisão preventiva de um vereador e alguns funcionários da Câmara Municipal. O boato se alastrou de tal maneira que o setor de comunicação da Câmara Municipal recebeu alguns telefonemas, oriundos de órgãos de imprensa no estado, solicitando dados sobre o episódio.

Tentamos, exaustivamente, buscar informações nos órgãos competentes e não conseguimos obter nenhuma evidência da veracidade das noticias que insistiam em circular pela cidade. No entanto, sabemos que existe processo em andamento na justiça em relação a transações realizadas com instituições de empréstimos pessoais, os quais estariam inadimplentes. Mas, mesmo se existirem fundamentos, os boatos não contribuem… As autoridades, constituídas, negaram peremptoriamente a existência de qualquer mandado de prisão preventiva dessa natureza.

Lamentamos o episódio e esperamos que, mesmo se no futuro venha a ocorrer algum desdobramento, a execração pública de conterrâneos, no mínimo, seja precedida de inquestionável fundamento.

Os artesãos das fofocas sabem engendrar tão bem uma notícia forjada que, de acordo com o meu amigo Moisés, “um rabo bem colocado, parece nascido”".

quarta-feira, 18 de novembro de 2009

Tudo preparado para a guerra do "pocazói" em Jequié

Conforme informação do blog do jornalista Wilson Midlej, os bastidores políticos a cada dia ganha o que falar. "O empresário Sergio Suzart Almeida é o nome que o PT de Jequié decidiu lançar como candidato a deputado federal nas próximas eleições proporcionais. Suzart tem adotado a marca da empresa da sua família, Biscoitos Gameleira, como carro chefe da difusão da sua candidatura. Sergio Gameleira já é a chancela que constou em alguns outdoors alusivos ao aniversário da emancipação política de Jequié.

Comentários dão conta que ao saber da intenção de Sergio em concorrer a cargo político nas próximas eleições, seu primo, Ian Almeida, também industrial do ramo, Biscoitos Petyan, teria afirmado que também ele estaria disposto a disputar a eleição. Ambos são desafetos e não convivem muito bem. Parece que o tempo vai esquentar e a guerra do pocazói vai ser intensa". Blogou.