Por Joilson Bergher
A final, o Flamengo! - Se Armando Nogueira, vivo fosse, diria que o futebol que se joga no Brasil em tempos de fascismo, golpes e etc, não é entusiasmante, bonito pra se ver, mas o Flamengo que o mundo viu jogar é bem melhor que o mostrado ontem pelos argentinos. E o Maracanã? Esse estádio estava com a lotação da população de Brumado, ou seja, 70 mil Seres, e uma renda de 8 milhões de reais. Ao Grêmio só havia uma possibilidade, vencer. Pois, se finou, se perdeu no alvorecer do primeiro tempo, com os tirambaços de um time bem compactado, sem grandes estrelas, talvez, a maior delas seja o seu treinador com o nome de Jesus, um português explosivo mas afetuoso! Segundo Nelson Rodrigues, - "Há de chegar o dia em que o Flamengo não precisará de jogadores, nem de técnicos, nem de nada. Bastará a camisa, aberta no arco. E diante do furor impotente do adversário, a camisa rubro-negra será uma bastilha inexpugnável”. Me parece que por si só essa narrativa revela o significado de uma massa de atropelo de seus adversários! É um momento espetacular desse clube em um momento muito parecido com aquele dos anos 80. São coisas que marcam e pode ser um feito inédito até. "Esse time do Flamengo de hoje, 90% jogou na Europa e serviu a seleção em algum momento. O time do Flamengo está em um patamar muito alto". Ousaram alto. Qto ao [Vitória] - em compasso de espera, entre, a possibilidade de não ir a lugar algum, aliás ir, pra terceira divisão. Para- bens ao Flamengo, aos adversários tbm, nesse momento, em clima de velório, afinal vencer de 5, deve fazer o adversário tremer. Joilson Bergher., Professor da Área de Humanidades, na Bahia!