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Foto: Marcos Santos - Emoção de alunos e familiares marcou evento no Centro de Cultura de Jequié |
Estudantes do primeiro semestre de Medicina da UnexMED Jequié participaram da Cerimônia do Jaleco nesta quarta-feira (21), no Centro de Cultura Antônio Carlos Magalhães. A celebração contou com a presença da diretora da Unex, Milena Bahiense, do coordenador da UnexMED, o médico Radmesse Britto, da coordenadora adjunta, a enfermeira Luana Reis e da coordenadora do Núcleo de Educação Permanente (NAP), Jamile Quadros.
Rito sagrado de passagem na jornada dos estudantes de Medicina, a Cerimônia do Jaleco representa o caminho de quem escolheu essa profissão para se dedicar a honrosa arte de cuidar e de curar. O evento não é apenas uma celebração; é um momento de reflexão sobre o papel que o médico desempenha na sociedade.
Um pouco de história: a simbologia do jaleco e os seus significados
O ato de vestir o jaleco branco representa um compromisso, uma espécie de juramento antecipado. Escrito originalmente em grego, o Juramento de Hipócrates foi adaptado e atualizado para refletir as mudanças ocorridas na profissão e na sociedade, no decorrer do tempo. O pai da Medicina defendeu a ética médica, o respeito à vida, à autonomia do paciente e o sigilo profissional. Todos esses princípios embasaram a criação da Cerimônia do Jaleco.
Originalmente conhecida como White Coat Ceremony, o evento aconteceu pela primeira vez, em 1933, na Escola de Medicina da Universidade de Columbia, nos Estados Unidos, com o objetivo de simbolizar a jornada acadêmica dos estudantes. Foi tão significativa, que se espalhou para vários países do mundo.
O jaleco passou a ser considerado um símbolo do compromisso dos estudantes com uma prática médica mais ética e humanizada. Associada à limpeza e à prevenção de infecções, a cor branca foi escolhida para identificar o equipamento de Proteção Individual (EPI) mais usado por profissionais da área de saúde. O ato de vesti-lo simboliza o dever de cuidar, curar e aliviar o sofrimento humano.
Para Carolina Duque, estudante de segunda graduação da UnexMED, “a cerimônia homenageia um dos mais importantes instrumentos de trabalho para o médico, o jaleco, o nosso equipamento de proteção individual. Apesar de ser enfermeira, eu fico muito feliz em ter participado desse acontecimento. A Medicina foi uma escolha que fiz para novamente ingressar no mundo acadêmico e essa cerimônia marca oficialmente o meu novo caminho, o meu novo itinerário”, define.
O médico Radmesse Britto se comoveu ao lembrar que esse foi o segundo momento da Cerimônia do Jaleco que ele presenciou como coordenador da UnexMED Jequié. “Cada brilho no olhar dos familiares, dos alunos, me emocionou e me fez reviver o meu tempo de estudante. Agradeço muito a Faculdade de Excelência por promover esse momento, que demonstra, com toda certeza, que entregaremos à comunidade de Jequié e região, pessoas capacitadas e habilitadas para cuidar de vidas humanas”, promete.
O jaleco, equipamento de proteção individual
Celebrada no primeiro ano do curso, a Cerimônia do Jaleco representa o reconhecimento público da dedicação e do trabalho do estudante. Para os pais, um momento de orgulho pela conquista dos filhos. Lenice Lourenço, mãe da estudante Maria Eduarda Lourenço, se emocionou ao descrever o evento: “foi maravilhoso celebrar esse momento ao lado da minha filha”, relembrou.
De mangas longas, fechado até o pescoço e confeccionado em tecido de algodão ou misto, não inflamável, o jaleco protege a roupa e a pele do médico da exposição a microrganismos, fluidos corporais, respingos e derramamentos de material contaminado. Considerado um Equipamento de Proteção Individual (EPI), seu uso é obrigatório para a segurança e proteção do profissional, mas também para evitar a contaminação dos pacientes nos mais diversos espaços de saúde.
Para Milena Bahiense, diretora da Unex Jequié, “o jaleco branco foi entregue aos calouros de Medicina, mas o que eles vestiram foi o compromisso de fazer a diferença na vida das pessoas, através de uma trajetória marcada por muito estudo, dedicação, responsabilidade e humanidade”, finalizou.
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